Na primeira postagem desta série sobre casos nós falamos sobre Caso Estrutural, quando o caso é determinado pela função gramatical: o sujeito fica no nominativo e o objeto no acusativo.
Na segunda postagem falamos sobre Caso Semântico, quando um papel temático, como o de destinatário/beneficiário, determina o uso do dativo.
Há ainda uma terceira categoria, a do Caso Lexical, quando o caso é atribuído pelo léxico, pelas palavras, verbos, preposições, adjetivos ou substantivos, sem uma explicação ou motivo aparente. É quando a gente tem mesmo é que decorar a regência de cada palavra individualmente. Por exemplo, os verbos folgen (seguir) e verfolgen (perseguir) pedem respectivamente o dativo e o acusativo, embora ambos tenham os mesmos argumentos e papéis temáticos: sujeito - agente, objeto - tema.
E porque é importante saber disso? Muito simples, economia. Partimos do princípio que todos os objetos ficam no acusativo (caso estrutural). Quando encontrarmos algum verbo que rege o dativo, analisamos para ver se não expressa o papel do beneficiário ou destinatário (caso semântico). Se ainda assim não tivermos achado uma 'lógica' na regência é por que estamos lidando com caso lexical e daí temos que decorar mesmo.
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